Dirigida por Guilherme Lemos, a peça é construída a partir da releitura de três
tragédias gregas, "Antígona", "Medeia" e "Electra". As atrizes Letícia
Sabatella, Denise Del Vecchio e Miwa Yanagizawa interpretam as heróinas
gregas e dividem o palco com Fernando Alves Pinto e Marcelo H, que
executam a trilha sonora original ao vivo. O figurino da peça é da
estilista Gloria Coelho.
"Filha do incesto de Édipo e Jocasta, que tinham mais três filhos, Etéocles, Ismênia e Polinice. Foi a única filha que não abandonou Édipo quando este foi expulso de seu reino, Tebas,
pelos seus dois filhos. Seu irmão, Polinice, tentou convencê-la a não
partir do reino, enquanto Etéocles ficou indiferente com sua partida.
Antígona acompanhou o pai em seu exílio até sua morte. Quando voltou a
Tebas, seus irmãos brigavam pelo trono.
Polinice se casa com Argia, a filha mais velha de Adrasto, rei de Argos, e junto dele arma um ataque contra Tebas, que é chamado de expedição dos "Sete contra Tebas". Como a guerra
não levou a lugar nenhum os dois irmãos decidem disputar o trono com um
combate singular, onde ambos morrem. Creonte,
tio deles, herda o trono, faz uma sepultura com todas as honras para
Etéocles, e deixa Polinice onde caiu, proibindo qualquer um de
enterrá-lo sob pena de morte.
Antígona, indignada, tenta convencer o novo rei a enterrá-lo, pois,
quem morresse sem os rituais fúnebres seria condenado a vagar cem anos
nas margens do rio que levava ao mundo dos mortos, sem poder ir para o
outro lado. Não se conformando, ela rouba o cadáver insepulto que estava
sendo vigiado, e tenta enterrar Polinice com as próprias mãos, mas é
presa enquanto o fazia.
Na versão de Sófocles, Creonte manda que ela seja enterrada viva. Sua
irmã Ismênia tenta defendê-la e se oferece para morrer em seu lugar,
algo que Antígona não aceita, e Hêmon, seu noivo e filho de Creonte, não conseguindo salvá-la, comete suicídio. Ao saber que seu filho havia suicidado, Eurídice, mulher de Creonte, também se mata."
"Electra, princesa de Micenas, é filha de Agamênon e
Clitemnestra, sendo irmã de Orestes e Ifigênia. A rainha, sua mãe,
atormentada pelo sacrifício de Ifigênia, une-se ao sobrinho do
esposo. Esse príncipe, Egisto, fora perseguido por Agamênon e
privado de seus direitos. Retornando a Micenas durante a guerra de
Tróia, une-se à rainha, com quem tem um filho, Aletes. Os dois
amantes aguardam o retorno do rei para consumar a vingança. Após o
assassinato do pai por Egisto e Clitemnestra, Electra é poupada pela
mãe. Mas consome-se pela perda do pai, Agamênon, a quem adorava.
Pedia aos deuses que lhe enviassem um meio de vingar sua morte. Suas
preces serão atendidas por seu irmão Orestes, a quem salvou da
morte em criança. Prevendo o que viria com a volta de Egisto,
confiou-o em segredo a um velho preceptor, que o levou para longe de
Micenas. Por tudo isto, era tratada no palácio como escrava. Temendo
que a enteada tivesse um filho que um dia pudesse vingar a morte de
Agamênon, Egisto fê-la casar-se com um pobre camponês. O marido,
todavia, respeitou-lhe a virgindade. Mas é chegado o dia do retorno
de Orestes.
Amargurada
e impulsiva, Electra, levada mais pela fúria do que pela maldade,
induziu seu irmão Orestes a assassinar sua mãe, vingando a morte de
seu pai, arquitetada por Clitemnestra. Esse seria um ato do qual
ambos se arrependeriam, pois, antes de sua morte, a rainha havia dito
que amava os filhos, e que tratava-a mal para que Egisto, seu amante
e também inimigo e assassino de Agamemnon, não desconfiasse de seus
sentimentos pela filha, e, assim, não fizesse mal a esta.
A princesa
não se deixando levar pela compaixão, a mata sangrentamente.
O termo
complexo de Electra é usado na psicanálise como a contrapartida
feminina do complexo de Édipo, para designar o desejo da filha pelo
pai."
"Medeia era uma mortal filha do rei da Cólquida, e neta do deus do sol
Helio. A história desta mulher inicia-se com a chegada do herói Jasão a Cólquida, para
obter o Velo de Ouro (a lã de ouro do carneiro alado Crisómalo) necessário para
sua volta ao trono da Tessália. Medeia apaixona-se por Jasão e promete
ajudar-lhe, com a condição de que se ele obter o Velo de Ouro, os dois se
casem. Para que Jasão obtenha o poderoso Velo, ele teve de realizar certas tarefas.
A primeira delas consistia em lavrar um campo com dois touros gigantecos, de
cascos de bronze e que expeliam fogo pelas narinas. Medeia deu-lhe um unguento
para proteger a si e suas armas do fogo. A segunda tarefa consistia em
semear um campo lavrado com dentes de um dragão. Dos dentes nasceu um exército
de violentos guerreiros mas Jasão havia sido alertado por Medeia, que lhe
aconselhou a jogar uma pedra no meio deles. Sem saber de onde veio a agressão,
os soldados atacaram-se uns aos outros. Finalmente Jasão deveria matar um
dragão insone que guardava o Velo. Medeia colocou a besta para dormir,
utilizando poderosas ervas narcóticas. Jasão então tomou o Velo de Ouro e
foi-se embora com Medeia, conforme prometido.
Para garantir sua fuga, Medeia matou seu irmão Apsirto e desmembrou-o pelo caminho, sabendo que seu pai ficaria devastado com a perda e pararia para coletar os restos do filho, garantindo-lhe um funeral adequado. Desta forma, Medeia e Jasão conseguem embarcar na nau Argos e fugir da Cólquida. Após diversas aventuras e muita crueldade (por parte dos dois), o casal chega a Corinto, onde Jasão se apaixona pela filha do rei, Gláucia, e abandona Medeia.
Na peça de Eurípedes, Jasão confronta Medéia e tenta explicar-se, dizendo que não poderia deixar passar a oportunidade de se casar com uma princesa, enquanto que Medéia é apenas uma mulher bárbara e conta-lhe que pretende juntar suas duas famílias mantendo-a como sua amante. Ela lembra-lhe que deixou sua família para trás para seguí-lo e salvou-lhe a vida diversas vezes. Ela fica desolada e resolve vingar-se enviando a Gláucia um vestido e uma pequena coroa envenenados, o que resulta na morte da princesa e do rei, que correu para acudí-la.
Cega de dor e de ódio, Medéia decide matar seus dois filhos também, com o intuito de causar o máximo de dor a Jasão, ele corre para vingar-se, mas vê Medeia à distância, em uma carruagem dourada enviada por seu avô, Hélio, deus do Sol, a dizer: - Eu nem mesmo deixo-te os corpos dos nossos fihos; eu os levo comigo para enterrar. E para vós, que me fizeste todo o mal, eu profetizo uma maldição final. -."
Para garantir sua fuga, Medeia matou seu irmão Apsirto e desmembrou-o pelo caminho, sabendo que seu pai ficaria devastado com a perda e pararia para coletar os restos do filho, garantindo-lhe um funeral adequado. Desta forma, Medeia e Jasão conseguem embarcar na nau Argos e fugir da Cólquida. Após diversas aventuras e muita crueldade (por parte dos dois), o casal chega a Corinto, onde Jasão se apaixona pela filha do rei, Gláucia, e abandona Medeia.
Na peça de Eurípedes, Jasão confronta Medéia e tenta explicar-se, dizendo que não poderia deixar passar a oportunidade de se casar com uma princesa, enquanto que Medéia é apenas uma mulher bárbara e conta-lhe que pretende juntar suas duas famílias mantendo-a como sua amante. Ela lembra-lhe que deixou sua família para trás para seguí-lo e salvou-lhe a vida diversas vezes. Ela fica desolada e resolve vingar-se enviando a Gláucia um vestido e uma pequena coroa envenenados, o que resulta na morte da princesa e do rei, que correu para acudí-la.
Cega de dor e de ódio, Medéia decide matar seus dois filhos também, com o intuito de causar o máximo de dor a Jasão, ele corre para vingar-se, mas vê Medeia à distância, em uma carruagem dourada enviada por seu avô, Hélio, deus do Sol, a dizer: - Eu nem mesmo deixo-te os corpos dos nossos fihos; eu os levo comigo para enterrar. E para vós, que me fizeste todo o mal, eu profetizo uma maldição final. -."
Quando: de 25 de julho a 14 de setembro de 2014.
Sextas às 19h e sábados e domingos às 17h e 19h.
Onde: CCBB Rio - Rua Primeiro de Março, 66 - Centro.
Quanto: R$10 (inteira) R$5 (meia)
Mais informações: http://culturabancodobrasil.com.br